ENTREVISTAS

Saiba mais sobre as opiniões da baterista e especialista em música, além de sua trajetória e seus anseios e desejos como mulher no rock.

por Catharina Gaidzinski

COMPARTILHE

Priscila Hilário é bacharel em Bateria pela FAAM, licenciada em Música pelo Claretiano, pós-graduada em rock pela FASM, estudante de Produção Fonográfica na FATEC, integrante do corpo docente da Hi Hat Girls, professora de bateria e baterista do grupo de afrobeat de mulheres pretas Funmilayo. Mais conhecida como Pri, ela conta que sempre ouviu bastante música em casa, e que sua irmã mais velha foi sua principal inspiração para começar a ouvir rock. Em certo momento, ela decidiu que queria tocar bateria. “Não sei se eu vi uma bateria, se eu ouvi, porque eu não sei se eu sabia o que era quando eu pedi. Eu tinha uns 8, 9 ou 10 anos, e eu só queria tocar bateria”, explica.

Depois de pedir por muito tempo para poder tocar, aos 14 anos, seus pais a colocaram numa escola de música. Mas uma coisa curiosa que ela percebeu, aproximadamente 15 anos depois, é que seu professor de bateria nunca colocava músicas para ela tocar junto, e que isso não é, de fato, comum. “Na minha aula, eu dou o exercício para o aluno e depois coloco música para explicar, porque é totalmente diferente você tocar um exercício e tocar uma música”, expõe. No Conservatório de Guarulhos, entre 15 e 16 anos, ela teve o primeiro contato com bandas: “Eu era bem adolescente, fazia aquelas apresentações de fim de ano e essas coisas. Até que eu entrei na banda de metal do meu professor, com uns caras de quase 40 anos”.

Ela também conta que, hoje em dia, estranha essa relação, porque saía para tocar várias vezes por semana à noite com homens com mais de o dobro de sua idade. “E eu também não sei onde estão esses cachês, porque eu nunca recebi. É lógico que era uma banda independente. Mas eu fico pensando, tipo, será que não tinha cachê at all ou será que tinha e eles nunca me pagaram? Tudo bem que eu tinha 16 anos, mas tem que pagar, né? E aí eu não sei o que aconteceu, mas, na época, eu não me dei conta disso. Só queria tocar, ensaiar. Imagina, eu estava numa banda de metal com uns caras mais velhos. Nossa, eu me achava”, confessa.

Foto: Reprodução.

Confira a entrevista na íntegra com Pri abaixo:

Como foi essa experiência de entrar numa banda com caras mais velhos? Você sentiu uma estranheza e ficou meio acuada, no seu canto?

Pri: Esse era o meu estado natural, então eu não estranhei. Sempre fiquei no meu canto, porque, primeiro que ele era o meu professor e a banda era dele, segundo que eu entrei e as músicas já estavam todas compostas, e ele me falou tipo ‘Olha, tira isso aqui’. Então, eu sempre estive nesse lugar. No tempo que eu fiquei na banda, a gente não teve composições novas, eu sempre tocava o que já existia. Então, foi bom para ganhar experiência, mas eu nunca tive uma posição de falar muita coisa. Eu não participava das decisões da banda. Se tinha show, eles falavam ‘Vai ter show nesse dia aí’, então eu não tinha um lugar de escolha. Fico meio assim porque pode ser porque eu era muito nova, mas em algum momento eu já tinha 17, 18 anos. Então, eu fico em dúvida se era porque eu era muito nova e não tinha muita experiência ou se era essa posição de ser mulher e ser aluna dele, 20 anos mais nova. Acho que foi a soma de todas essas coisas.

Como você vê a evolução da mulher no rock até hoje em dia?

Pri: O canto abriu um espaço para a mulher, mas isso ficou só no canto por um tempo. E é ótimo, não é um lugar que a gente tem que deixar de participar, mas é preciso abrir isso para outros instrumentos, bateria, baixo, sopro, enfim, o que a gente quiser. O canto foi um lugar conquistado há muito tempo já, e precisamos dar uma acelerada nessa coisa da instrumentação. Claro que a gente sabe que tem limites, né? Tinha muita mulher cantora, mas tinha muito homem gerindo essas carreiras de mulheres cantoras. É tudo cheio de observação. Mas, se nos anos 40, a Sister Rosetta Tharpe tocava guitarra e cantava, a sensação que eu tenho é que essa evolução no instrumento demorou muito. Não que tenha menos valor uma mulher cantora, só que é um espaço que a gente já conquistou, e que tem que ser mantido, óbvio, mas temos que abrir isso para mais campos.

“O canto abriu um espaço para a mulher, mas isso ficou só no canto por um tempos”.

Sister Rosetta Tharpe. Foto: Reprodução.

Você acha que as mulheres ainda encontram maiores empecilhos para tocar um instrumento?

Pri: Tem essa coisa de profissões masculinas e femininas, e tem muita gente que acha que o canto é uma coisa feminina. Tipo, ‘Tudo bem, você pode cantar’, mas também assim ‘Cuidado, não vai cantar rock, cantar rock não é muito feminino, tem que cantar um pop ou um MPB’. Então, há uma certa dificuldade para uma cantora de rock, principalmente se for uma coisa mais pesada, com gutural, que nem a banda Nervosa. Com certeza a menina encontrou muita dificuldade em lidar com homens que fazem gutural. Se existe pouca mulher baterista, mulher que faz gutural então… são pouquíssimas.

“Cuidado, não vai cantar rock, cantar rock não é muito feminino, tem que cantar um pop ou um MPB”.

Pri: Essa coisa de separar o que é de menino e o que é de menina limita muito, e acontece que tudo é de menino. Tudo que é profissionalizante e que você pode ganhar dinheiro é de menino. Até a cozinha, que, dentro de uma casa, é obrigação da mulher, da mãe ou da filha, quando é em restaurante, uma coisa profissional, aí já é um chefe homem, sempre tentando colocar aquela mulher numa posição de te servir, e de graça. É difícil o acesso à profissionalização. Tem muitos professores também que tratam a mulher que toca um instrumento de uma maneira diferente. Tem vários extremos, ou que cobra de um jeito de bizarro, que nenhum ser humano é capaz de fazer, nenhum cara faz, talvez nem o professor mesmo faça, porque é sem noção mesmo, tipo, ‘Transcreva 35 solos em dois dias aqui para mim, num software que você não tem’. E aí tem outros que tratam a aluna tipo ‘Ai, essa aqui é nossa mascotinha, nossa fofinha, então não precisa passar muita coisa para ela’, fica sempre no básico, no banho maria, demorando para deixar a menina aprender, controlando informação. Então, já tive essas duas experiências. Tem essa dificuldade do professor levar a sério a aluna mulher.

“Tem muitos professores também que tratam a mulher que toca um instrumento de uma maneira diferente”.

O rock basicamente surgiu com uma mulher, como você já comentou da Sister Rosetta Tharpe. Por que, então, será que ele virou algo tão masculino e até hoje em dia é assim?

Pri: Eu acho que tem muito a ver com controle financeiro. Uma mulher com dinheiro é independente. E uma mulher independente é tudo que a sociedade não quer, porque ela faz o que ela quer. É claro que tem outros meios de controlar uma mulher, com leis como essa do DIU, com a dificuldade de acesso, questões como a de que meninas de baixa renda muitas vezes não podem ir à escola quando estão menstruadas. Então, tem toda uma dificuldade diária no acesso das mulheres. Eu acho que de propósito, porque a gente já tem essas informações hoje. É uma dificuldade proposital, porque a nossa sociedade precisa controlar as mulheres. Então a gente precisa ficar bem espertas, porque é o que o pessoal fala, o nosso direito não é fixo. A gente precisa trabalhar todo dia por ele. Então você vê que a gente não está longe de perder todos os nossos direitos. A gente tem que ficar muito espertas com a crise moral que o Brasil está entrando. Com qualquer mínimo problema, a corrente sempre quebra para o lado da mulher. A gente não pode lidar com isso como se fossem casos isolados, tipo ‘Aconteceu aqui, mas foi uma coisinha de nada, e isso não vai se repetir’, porque vai e a gente vai perder direitos, e cada vez mais a mulher vai ser submissa na sociedade. A gente tem que ficar bem de olho aberto mesmo, em todos os lugares, em todas as profissões, fazendo o que você quiser e correndo atrás disso, porque se a gente largar mão, tipo ‘Ai, cansei de lutar’, a gente vai perder.

“O nosso direito não é fixo. A gente precisa trabalhar todo dia por ele”.

Foto: Reprodução.

Me conta um pouquinho mais sobre a Sister Rosetta Tharpe, que foi o tema do seu trabalho acadêmico na Pós-Graduação.

Pri: A Sister Rosetta começou a cantar com quatro anos, com cinco já tocava piano, e aí deram um violão para ela. E, com seis anos, ela passou a tocar na igreja. A partir daí, foi só sucesso. Depois, ela entrou em Big Bands, e, em uma, ela só podia cantar. Eles não deixavam ela tocar porque ela era mulher. Então, isso é um problema muito antigo. Isso aconteceu nos Mutantes também, com a Rita Lee. E, quando a Rita Lee saiu da banda, você pode ver a queda, porque era ela que compunha tudo, que arranjava. Você ouve a guitarra da Sister Rosetta e tem vontade de chorar. E, nessas guitarras que ela toca, já havia toda a construção da forma rock, da harmonia, muito da rítmica que veio depois, com o Elvis e essa turma fazendo exatamente o que ela fazia. Mas a Sister Rosetta não tinha a aparência que eles queriam, para vender o rock como uma coisa sensual. Ela não tinha esse apelo, ela era uma mulher preta, tocando guitarra, ela não era sensual, era uma pessoa normal. Então, desde que [os europeus] invadiram lugares para colonizar, copiaram a cultura negra ou de minorias. Eles querem a cultura, a música, o estilo, mas não querem as pessoas. A Sister Rosetta não era mais ou menos conhecida, ela era muito, muito famosa, e eu acho muito estranho que isso tenha se perdido. Porque a gente fala do Elvis até hoje, e ela sumiu, simplesmente morreu esquecida. A música dela parou de ser comercial, porque ela já estava sendo reproduzida por outras pessoas, como Elvis e outros artistas similares, pessoas que eles podiam controlar.

Você consegue pensar em algum outro exemplo similar?

Pri: Teve a Tina Bell, nos anos 80, que começou todo o movimento grunge, e ninguém sabe quem ela é. Porque, na mente das pessoas, começou com Nirvana. Todo mundo acha que o grunge é dos anos 90, mas não é, já tinha uma movimentação com a Tina Bell, que era uma guitarrista e cantora preta. É tão forte esse apagamento histórico que eles fazem que nem a gente sabe que essas pessoas existiram, mesmo nós sendo pessoas completamente inseridas no meio. Eu só fui descobrir a Sister Rosetta em 2015, mas eu já ouvia rock há mais de 20 anos. Eu ouvia muito, pesquisava muito. Então, como que eu nunca ouvi sobre ela? Eu lia entrevista, comprava revistas. E nunca, nada. Essas revistas só têm homem. A Sister Rosetta só ganhou uma menção no Hall da Fama do Rock em 2017. E que bom que ganhou, mas demorou muito. E isso não afetou só ela, afetou todos os grupos de pessoas, todos os artistas pretos que foram esquecidos.

“É tão forte esse apagamento histórico que eles fazem que nem a gente sabe que essas pessoas existiram, mesmo nós sendo pessoas completamente inseridas no meio”.

Qual a sua opinião sobre representatividade no meio da música?

Pri: Representatividade importa, porque você cresce numa sociedade machista, cheia de problemas, e aí só quando você está bem mais velha que você começa a entender por que você tomou essas decisões, por que você não foi fazer o que você queria fazer. Não que seja tarde demais, mas você já perdeu um bom tempo da sua vida. Só com 25, 30 que você descobre ‘Nossa, eu posso tocar bateria. Eu posso ter uma carreira no rock, tocando guitarra ou sendo produtora’. Não estou dizendo que é tarde, mas que isso te priva de um conhecimento que você poderia ter tido muito antes. Como que você busca uma coisa que você não sabe que existe? Uma coisa que você não sabe que você tem a possibilidade de fazer? Tem muitas panelinhas, naquela ‘broderagem’, tipo, com homem compartilham e com mulher não. Então, se você não sabe da possibilidade, você nunca vai imaginar que isso é uma carreira.

Você concorda que a profissionalização de mulheres na música é muito mais difícil do que a dos homens?

Pri: Claro. Como tudo envolve dinheiro, a gente cai naquela questão de que nunca tem uma profissionalização para a mulher, porque a mulher não pode trabalhar e tem que ficar em casa. E isso é tão ridículo, como que a gente está nisso até hoje? Com o tanto de mina foda trabalhando por aí, que, além de serem fodas nos seus trabalhos, ainda são chefes de família, cuidam de filho, cuidam de marido, mandam para a escolha, limpam, passam, lavam, fazem a comida e, se ela não fizer, ninguém faz. Então, a mulher tem a profissão dela e ainda tem um monte de treta para resolver em casa, porque o homem só sabe trabalhar. Os homens podem inclusive ter um hobby, podem se dedicar. Tem muito cara que trabalha, sei lá, com administração, e depois vai tocar guitarra, que vai fazer sua aula de instrumento, eu tenho vários alunos. E aí, por algum acaso, quando sobra um pouquinho de tempo para a mulher, ela precisa dormir.

Foto: Reprodução.

Por que você acha que muitas mulheres acabam desistindo da música?

Pri: Porque é muito desencorajador, ainda mais quando você é mais novinha. Você passa tantos anos não falando nada, não se colocando, que chega uma hora que isso é impossível, isso não está mais em você. Eu sei que é difícil aguentar um lugar desse, então, por isso, desencoraja. Às vezes você está tocando lá sua guitarra, seu baixo, mas tem tanta gente falando bosta, e às vezes não é nem brigando, mas falando daquele jeito condescendente ou então fingindo que quer ajudar. Tinha muito isso nos meninos que vinham falar tipo ‘Ai, posso te ajudar?’, mas na verdade ele só está falando mal. Ele só está te esculachando, falando o que você deveria fazer, mas na verdade ele não está te ajudando e ensinando, só está sendo grosso. Então, passar por isso muitas vezes talvez te leve para isso: ou você fica muito quieta, só reagindo às coisas, ou você desiste e sai. Ou, que é o que eu espero, falar ‘Ô, vai se foder, caralho, sai daqui, não te perguntei nada, filha da puta’ e segue a vida, que era o que eu queria ter feito, mas não consegui.

Você acha que o rock feminino em si tem sido mais respeitado nos últimos anos?

Pri: Eu diria que sim, mas que está sofrido para o rock também. Porque tem muita gente escrota no rock, direitista, como Ultraje a Rigor, nazis e essas coisas. Mas a nova geração tem muitas boas ideias. Todo mundo que fala que o rock morreu, mas é só aquele rock escroto, racista, homofóbico, excludente, elitista. Esse rock, se não morreu, morra logo. Mas, hoje em dia, tem muita gente fazendo coisas boas, como a The Zasters, por exemplo. Eles têm ideias muito legais, e um discurso condizente.

A Ju [da The Zasters] me falou que tem muita gente que critica eles por eles não levantarem bandeira, por não falarem especificamente sobre rock feminino, assédio e etc. Mas que existir nessa profissão, como mulheres, já é resistir. Você concorda?

Pri: Se você já tem uma banda de rock, independente, cria tudo sozinho, e paga pelas coisas, isso já é muita coisa. O pessoal acha que levantar bandeira e militar é uma profissão e que não cansa, e que não te deixa completamente louco. Ser militante, falar sobre essas coisas, não é uma profissão, a gente faz porque a gente precisa, para sobreviver. Mas às vezes a gente cansa. Tem várias bandas desse tipo, que são bandas feministas, e que carregam todo esse discurso. E que são demais, assim. Mas não necessariamente toda banda feminina tem que falar disso, porque as pessoas são múltiplas, elas podem falar do que elas gostam, da realidade delas. Eu não preciso o dia inteiro, todo dia, falar que eu sou uma baterista mulher negra, porque eu já vivo isso no dia a dia. Então, eu gosto de falar de rock, de bateria, não necessariamente para falar que sou sofrida. Eu gosto de fazer um monte de coisas que não têm a ver com racismo. O racismo não sou eu, o racismo é uma coisa que eu passo. Então, é problemático a gente colocar na mulher de uma banda feminina uma expectativa do tipo ‘Já que você é de uma banda feminina de rock, você tem que falar sobre isso’. Porque a gente não faz isso com os caras. Por que não fala para eles falarem então de pensão? Tipo, ‘Fala aí de abandono paternal, de mulher espancada, fala de estupro, fala de homicídio, fala de tudo isso’.

“O racismo não sou eu, o racismo é uma coisa que eu passo”.

Se você tivesse algum ensinamento para dar para as garotas que estão entrando no rock agora, qual seria?

Pri: Primeiro, vai tocar, é o mais importante, seja do jeito que for. Você não tem instrumento mas pode fazer aula? Vai fazer aula. Não tem dinheiro para fazer aula? Tem um monte de coisa no YouTube. E, se você puder ter uma diversidade nesses conhecimentos, melhor. E participa da cena aí da sua cidade, quando tudo voltar. Vai assistir os shows de rock, tenta conhecer as pessoas. Banda independente, além de você contribuir para o trabalho deles, você pode ter um contato direto ali com essas pessoas, e essas pessoas podem sim te ajudar, porque elas estão muito mais próximas. Então você pode conversar, pedir toques, ensinamentos. Tem uma maneira de participar disso online agora na pandemia, porque tem bastante live de banda independente. Então, participa disso e, quando a pandemia passar, vai no show assistir, mas não se empolga com banda famosa. Você não tem que se comparar com o guitarrista do Aerosmith, porque entende como a gente está longe? Foca aqui no seu, faz o seu estudo e, se possível, não deixe ninguém te maltratar, porque eu sei como é difícil reagir. Se você conseguir, abre tua boca e não fique levando desaforo para casa. Não fique na situação que está te oprimindo. Sai desse ciclo de amizades, procura outro, fica um tempo sozinha também, que é bom. O importante é o foco estar em você.

“Foca aqui no seu, faz o seu estudo e, se possível, não deixe ninguém te maltratar”.

Confira abaixo uma Live Session da orquestra da Pri, Funmilayo:

Ei, fale conosco!

Você pode nos indicar uma música ou banda, relatar vivências e até desabafar sobre o que quiser. Ficaremos super felizes de te conhecer!

Leia também

LYYA

Conheça a trajetória de LYYA, jovem artista que adentra o mundo da música como cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora.

Adrienne Reyes

Acompanhe a perspectiva de uma especialista acerca do papel das mulheres na música e quais as suas previsões para o futuro do rock feminino brasileiro.

Rafael Luna

Entenda a visão de um homem do rock nacional acerca do machismo tão evidente na cena e quais as suas opiniões sobre as diferenças de tratamento que já presenciou.